Persoas desempregadas sen pagar entrada nos museos portugueses


(Biblioteca do Palácio Nacional da Ajuda, Lisboa)
A República de Portugal está ensumida nunha crise económica de máis fondura (agudizada polas medidas que impón a troika comunitaria) da que estamos a vivir no estado español e así, na nosa recentes estadía en Porto, percibimos un maior pesimismo na xente. Porén, e malia que tamén goberna a dereita conservadora, veñen de aprobar que as persoas en situación de desemprego, sexan cidadáns portugueses ou de toda a Unión Europea, poden entrar de balde en calquera monumento ou museo que sexa xestionado polo estado. Velaquí a nova no diário Correio da Manhã:
Desempregados com entradas sem pagar
Entradas gratuitas para desempregados nos museus, palácios e restantes monumentos: a medida já está em vigor desde o final do mês passado mas foi ontem oficializada através de um despacho publicado em Diário da República. Para o Governo, “a situação de desemprego não deve ser impeditiva do acesso à fruição cultural”.
Por isso, “cidadãos portugueses e da União Europeia em situação de desemprego, devidamente comprovada, têm direito a ingresso gratuito a museus, palácios e outros monumentos que são geridos pelo Estado”. O mesmo é dizer que, quem estiver inscrito no Centro de Emprego não paga em espaços como o Palácio da Ajuda, Museu Nacional de Arte Antiga, Machado de Castro ou Soares dos Reis.
A medida abrange os espaços tutelados pela Secretaria de Estado da Cultura, liderada por Francisco José Viegas.
Magnífica esta proposta da Secretaría de Estado da Cultura, que exerce o narrador e poeta Francisco José Viegas, do que son lector hai moitos anos, nomeadamente da súa poesía, e ao que me acheguei por vez primeira ao ler o seu romance As Duas Águas do Mar (Asa, 1992), con varios capítulos que acontecen na Costa da Morte, máis en concreto nas localidades de Fisterra, Corcubión e Cee, que demostra coñecer ben, se callar por unha longa estadía entre nós. Reproduzo un fragmento da crítica que Claudia Sousa Dias publicou na súa bitácora hasempreunlivro:
«É a Filipe Castanheira a quem cabe a parte de leão na narrativa desta trama policial tão pouco sui generis, onde predominam os tempos de pausa em detrimento dos tempos de acção. Filipe Castanheira detém-se, frequentemente, no cenário de um determinado momento da acção, relacionando-o com o imaginário de todos aqueles que ali actuam: a casa, a praia e a povoação de uma aldeia perdida de Finisterra, na costa galega, ou o local próximo do farol, nos Açores, onde é encontrada Rita Calado Gomes ou, mesmo, o escritório da advogada Luísa Salles».
Tamén foi editor da Quetzal até as lexislativas de 2011, selo onde se publicaron varios libros que hai nos andeis da miña biblioteca persoal, alén de posuír un interesante blogue cultural e literario denominado origemdasespecies.

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