Addio, adeus ao escritor Antonio Tabucchi (Pisa, 23 de setembro do 1943 – Lisboa, 25 de marzo do 2012)


Addio, adeus ao escritor Antonio Tabucchi (Pisa, 23 de setembro do 1943 – Lisboa, 25 de marzo do 2012), que era tamén profesor de Língua e Literatura Portuguesas na Universidade de Siena. Autor de Afirma Pereira (1994), que se pode ler en galego no catálogo da Editoral Galaxia, en versión de Dolores Martínez Torres, aínda que no Telexornal da CRTVG non se deberon inteirar pois só o citaron como autor de Sostiene Pereira, novela premiada co premio Arcebispo San Clemente, o que trouxo ao autor até Compostela. Outras obras das que gocei moito na lectura foron Nocturno Hindú (1984, na versión de Onofre Sebaté que publicou Positivas en 1996), Requiem. Uma alucinação (1991), escrita directamente en português, novela que sucede en Lisboa e na que un escritor italiano, que ten moito de trasunto do propio autor, vai atoparse co espírito dun poeta português xa morto, que lembra a querencia de Antonio Tabucchi por Fernando Pessoa. E as últimas obras súas que lin foron Tristano morre, que tamén publicou Galaxia en 2004 e en castelán os relatos de El tiempo envejece de prisa.
O seu vínculo con Portugal era enorme. Velaí o cariño coa que a prensa portuguesa escribe os primeiros artigos sobre a morte do poeta, magnífico o traballo dos xornalistas do Diário de Notícias “O italiano que sonhava em português” e do Público. Entre as moitas páxinas que a nova está a ocupar nas cabeceiras italianas salientamos a achega do xornal La Repubblica do que era colaborador habitual, onde tamén se publica un fermoso video retrato.
Afirma Pereira, a súa novela de máis sona, foi adaptada ao cinema con Marcello Mastroianni no papel principal. As escenas que reproducimos tiradas da canle youtube están na lingua orixinal, con lendas ou subtítulos en português, e acompañadas do seguinte texto explicativo:
«Afirma Pereira, Filme Italiano (1995)
Com realização do italiano Roberto Faenza, Afirma Pereira é uma co-produção entre Portugal, França e Itália que adapta para cinema um dos romances de António Tabucchi.
Pereira é um jornalista português do “Lisboa”, nos anos ’30, que no cinema foi interpretado pelo famoso actor italiano Marcello Mastroianni.
Joaquim de Almeida intrepreta o prestável e informado criado de mesa do café Orquídea que servia a Pereira as suas açucaradas limonadas e as oleosas omoletas e lhe sugeria, ao mesmo tempo, notícias “impublicáveis”.
Pereira é um ex-jornalista de pequenas notícias que, um dia, é promovido a responsável pela página cultural do vespertino O Lisboa e que, confrontado com as ideias de liberdade de dois jovens, acaba por alterar completamente a sua vida.
Nicolau Breyner é o pároco confidente. Teresa Madruga é a porteira delatora. Nicoletta Braschi (conhecida por A Vida é Bela de Roberto Benigni) e Daniel Auteuil (Dr. Cardoso) são outros actores de renome internacional que participam no filme.
O filme foi rodado em Portugal em locais tão diferentes como o Pavilhão de Exposições da Faculdade de Agronomia (em Lisboa), o Museu Castro Guimarães (em Cascais), a Casa do Alentejo (em Lisboa), o Jardim de S. Pedro de Alcântara e a Estação do Rossio.
A acção decorre no Verão quente de 1938, onde um gasto jornalista se rendia ao “politicamente correcto” para assim evitar cair nas malhas da Polícia inquisidora.
Pereira consegue recuperar a alegria de viver ao põr o coração à frente da realidade, ao deixar prevalecer a verdade sobre os ditames da PIDE, da censura e da propaganda».

Esta entrada foi publicada en Cinema, Narrativa. Garda a ligazón permanente.